quinta-feira, 11 de junho de 2009

IEQ Cotolengo. Namorados Cristãos



OS NAMORADOS CRISTÃOS

Amar, não é simples impulso, mero sentimento. Compromete a personalidade toda.
É verbo de muitas e variadas acepções, respeitar, compreender, perdoar, esperar, carregar, servir e sorrir ao mesmo tempo.
Mas todas essas modalidades encontram a sua plenitude no espírito de Jesus: ''Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos''.
Quando pudermos dizer como Ele na Cruz: Tudo está consumado, tudo o que poderia ter dado eu dei até a última gota do meu sangue, então teremos esgotado o significado do verbo amar.
O amor exige um aprendizado, exige viver no dia a dia uma série de virtudes difíceis de praticar.
O amor por isso não é movimento puramente natural, fruto espontâneo; tem que ser cultivado, exige elaboração, trabalho construtivo.
O amor conjugal é uma conquista que deve ser renovada permanentemente, começada e recomeçada cada dia.
Montesquieu dizia: 'é mais fácil conquistar do que conservar a conquista'.
Que enorme diferença existe entre namorar alguém e compartilhar amorosa e sacrificadamente, no cotidiano, a sua existência toda.
Na longa viagem da vida conjugal, que começa no namoro, você precisa levar a bagagem do amor. Você amará de verdade o seu namorado, não só porque ele é simpático, bonito ou por que ele é um atleta, mas porque você quer o bem dele e quer ajudá – lo a ser ainda melhor.
A primeira exigência do amor é aceitar o outro como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos.
O amor tem uma força misteriosa quando você ama o outro gratuitamente, sem cobrar nada em troca, você desperta-o para si mesmo, revela-o a si mesmo, dá-lhe ânimo e vida, ressuscita-o. Mas para amar é preciso conhecer, não se ama aquilo que não se conhece.
É preciso conhecer a história e o coração da pessoa que hoje está ao seu lado.
Quem ele(a) é? Qual é o seu passado? A força que ele traz sobre a pessoa? Quando você mergulha na história do outro, conhece seus dramas e os fatos que a determinaram, então você o compreende melhor e tem mais motivação para compreendê-lo, tem mais paciência para ouvi-lo, perdoá-lo e ajudá-lo.
Aí está o segredo de um relacionamento profundo e que propicia um conhecimento interior adequado de ambas partes. E aqui você percebe porque é importante que o relacionamento seja maduro; cada um vai expor ao outro o coração, as suas reservas mais secretas.
Quando conhecermos o interior de uma caverna vemos coisas belas, mas outras assustadoras. Há belos lagos escondidos, com águas cristalinas, e formações calcarias bonitas; mas a cantos escuros com morcegos e outros bichos.
Nem por isso a caverna deixa de ser atraente e rica. Da mesma forma a pessoa que está do nosso lado. No interior há belas passagens, mas pode haver recantos escuros.
Saiba valorizar o que há de belo no interior da pessoa antes de deter-se nos seus pontos escuros. Saiba ver no outro primeiro o que ele tem de bom, e só depois encarar o seu lado difícil.
E cure com carinho as feridas que precisam ser tratadas. Isto mostra que não há amor a primeira vista. Esse é o grande desafio para nós, conhecer o outro, com sua história, com seu passado, com os seus traumas e medos, mas também com o belo e com toda a salvação que Deus fez em sua vida.
Outro desafio é saber partilhar, sair dos nossos medos e inseguranças, falar o que somos o que pensamos e como pensamos. Sem medo do outro, ou como ele vai reagir.
Conhecer pois, é um presente que vamos levar para toda a vida, sem devolução.