sexta-feira, 29 de julho de 2011

O que devo fazer com as minhas dúvidas sobre Deus?






Dúvidas surgem. Injustiças no mundo nos levam a questionar os fatos revelados. Algumas pessoas até negam a bondade ou a própria existência de Deus, não conseguindo compreender as imperfeições no universo criado e governado por um Deus perfeito.



Freqüentemente, alguém se exalta e justifica a sua desistência espiritual, dizendo que não consegue acreditar num Deus que permite males no mundo, ou que não sente ânimo de continuar servindo ao Senhor em face de tribulações na vida.



Várias pessoas expressaram, na Bíblia, suas dúvidas sobre as obras de Deus. Davi perguntou sobre a justiça de Deus e pediu a resposta de Deus (Salmos 6:3; 69:16). Habacuque tentou compreender os atos de Deus em relação aos povos de Judá e Babilônia. João Batista enviou mensageiros a Jesus para buscar respostas às suas próprias dúvidas (Mateus 11:2-3). Tomé insistiu em ver as evidências de Jesus ressuscitado (João 20:24-28). Esses servos de Deus questionaram, mas procuraram respostas no lugar certo. Olharam para Deus.



Asafe abre a janela de sua própria alma no Salmo 73, expressando os seus pensamentos mais íntimos ao enfrentar tais desafios. Disse que quase se desviou espiritualmente por ver os perversos prosperarem enquanto os servos de Deus sofriam (2-14). Ele lutou para responder às perguntas dos incrédulos; “Como sabe Deus? Acaso, há conhecimento no Altíssimo?” (11). É normal enfrentar dúvidas. Asafe nos ensina como agir nesses momentos de insegurança espiritual.



Não adianta negar as nossas dúvidas, nem correr das questões difíceis. Bons homens questionam e buscam respostas nas suas crises espirituais.



Não devemos expor as nossas dificuldades aos mais frágeis, pois correremos o risco de derrubar a fé dos outros: “Se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos” (15).



Precisamos encarar as nossas perguntas com humildade, lembrando das nossas próprias limitações: “Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim” (16). Não devemos confiar no nosso próprio raciocínio para entender as experiências da vida.



As respostas vêm de Deus, e cabe a nós procurá-las: “...até que entrei no santuário de Deus” (17); “Tu me guias com o teu conselho...” (24); “Quem mais tenho eu no céu?” (25); “Os que se afastam de ti, eis que perecem” (27).



Decidimos como enfrentar as nossas dúvidas. “O perverso, na sua soberba, não investiga” e nega a Deus (Salmo 10:4). “Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no SENHOR Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos” (Salmo 73:28). Davi aprendeu, por meio de muitas angústias, a confiar no Senhor: “Eu creio que verei a bondade do SENHOR na terra dos viventes. Espera pelo SENHOR, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo SENHOR” (Salmo 27:13-14). “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação” (Salmo 62:1).